O texto abaixo é um trecho de uma conferência proferida pelo professor Reginaldo Prandi, estudioso das religiões afro-brasileiras, em virtude da entrega do Prêmio Érico Vanucci Mendes. Nessa conferência, o professor Prandi trata, entre outras coisas, da questão do tempo na sociedade iorubana tradicional, nos rituais de Candomblé e na sociedade capitalista.
Para os africanos tradicionais, o tempo é uma composição dos eventos que já aconteceram ou que estão para acontecer imediatamente. É a reunião daquilo que já experimentamos como realizado, sendo que o passado, imediato, está intimamente ligado ao presente, do qual é parte, enquanto que o futuro, imediato, nada mais é que a continuação daquilo que já começou a acontecer no presente, não fazendo nenhum sentido a idéia do futuro como acontecimento remoto desligado de nossa realidade imediata. O futuro que se expressa na repetição cíclica dos fatos da natureza, como as estações, as colheitas vindouras, o envelhecer de cada um, é repetição do que já se conheceu, viveu e experimentou, não é futuro. Não há sucessão de fatos encadeados no passado distante, nem projeção do futuro; a idéia de história como a conhecemos no Ocidente não existe; a idéia de fazer planos para o futuro, de planejar os acontecimentos vindouros, é completamente estapafúrdia. Se o futuro é aquilo que não foi experimentado, ele não faz sentido nem pode ser controlado, pois o tempo é o tempo vivido, o tempo acumulado, o tempo acontecido.
Para os iorubás e outros povos africanos, os acontecimentos do passado estão vivos nos mitos, que falam de grandes acontecimentos, atos heróicos, descobertas e toda sorte de eventos dos quais a vida presente seria a continuação. Ao contrário da narrativa histórica, os mitos nem são datados nem mostram coerência entre si. Cada mito atende a uma necessidade de explicação tópica e justifica fatos e crenças que compõem a existência de quem o cultiva, o que não impede a existência de versões conflitantes, quando os fatos e interesses a justificar são diferentes. O mito fala do passado remoto que explica a vida no presente, mais que isso, que se refaz no presente. O tempo mítico expressa o passado distante, e fatos separados por um intervalo de tempo muito grande podem ser apresentados nos mitos como ocorrências de uma mesma época, concomitantes. Cada mito é autônomo e os personagens de um podem aparecer num outro mito com outras características e relações, às vezes contraditórias com as primeiras. Os mitos são narrativas parciais e sua reunião não propicia o desenho de nenhuma totalidade, pois não existe um fio narrativo na mitologia, como aquele que norteia a construção da história para os ocidentais. No mundo mítico, os eventos não se ajustam a um tempo contínuo e linear. O tempo do mito é o tempo das origens, e parece existir um tempo vazio entre o fato contado pelo mito e o tempo do narrador.
Para os iorubás, os mortos devem reencarnar e, enquanto esperam pelo renascimento, habitam o mundo dos que vão nascer, que é próximo do mundo aqui-e-agora, o mundo em que vivemos, o Aiê. Esse mundo do futuro imediato é atado ao presente pelo fato de que aquele que vai nascer de novo tem que permanecer vivo na memória de seus descendentes, participando de suas vidas e sendo por eles alimentados nos ritos sacrificiais, até o dia de seu renascimento como um novo membro de sua própria família. Para o homem, o mundo das realizações, da felicidade, da plenitude é o mundo do presente, o Aiê, não havendo prêmio nem punição no mundo dos que vão nascer, o mundo dos mortos, pois ali nada acontece. Os homens e mulheres pagam por seus crimes em vida e são punidos pelas instâncias humanas. As punições impostas aos humanos pelos deuses e antepassados por causa de atos maus igualmente não o atingem após a morte, mas se aplicam a toda a colectividade à qual o infractor pertence, e isso também acontece no Aiê, numa concepção ética que está focada na colectividade e não no indivíduo (Mbon, 1991: 102), não existindo a noção ocidental cristã de salvação no outro mundo nem a idéia de pecado. O outro mundo habitado pelos mortos é temporário, transitório, voltado para o presente dos humanos. Nem mesmo a vida espiritual tem expressão no futuro. Os mortos ilustres – fundadores de troncos familiares e de cidades, heróis, reis, conquistadores, grandes sacerdotes – podem vir a ser cultuados como antepassados, os egunguns, passando a habitar o passado mítico, o passado distante localizado no Orum, onde vivem os deuses orixás, dos quais muitos são antigos heróis divinizados, cujo culto se desprendeu dos limites da família e se generalizou, sendo incorporados ao passado mítico de todo um clã, uma cidade, um povo, podendo vir a ter altares erigidos em sua homenagem até mesmo do outro lado do oceano, como aconteceu com muitos orixás na América.
O passado remoto da narrativa mítica, que trata dos orixás e dos antepassados, é transmitido de geração a geração, por meio da oralidade, é ele que dá o sentido geral da vida para todos e fornece a identidade grupal e os valores e normas essenciais para a ação naquela sociedade, confundindo-se plenamente com a religião. Ensina Prigogine, prêmio Nobel de física, que o tempo cíclico é o tempo da natureza, o tempo reversível, e também o tempo da memória, o tempo mítico que não se perde, mas que se repõe. O tempo da história, em contrapartida, é o tempo irreversível, um tempo que não se liga nem à eternidade e nem ao eterno retorno. O tempo do mito e o tempo da memória descrevem um mesmo movimento de reposição: sai do presente, vai para o passado e volta ao presente, em que o futuro é apenas o tempo necessário para a reencarnação, o renascimento, o começar de novo. A religião é a ritualização dessa memória, desse tempo cíclico, ou seja, a representação no presente, através de símbolos e encenações ritualizadas, desse passado que garante a identidade do grupo – quem somos, de onde viemos, para onde vamos? É o tempo da tradição, da não mudança, da religião, a religião como fonte de identidade que reitera no cotidiano a memória ancestral.
No candomblé, emblematicamente, quando o filho-de-santo entra em transe e incorpora um orixá, assumindo sua identidade, que é representada pela dança característica que lembra as aventuras míticas dessa divindade, é o passado remoto, colectivo, que aflora no presente para se mostrar vivo, o transe ritual repetindo o passado no presente, numa representação em carne e osso da memória colectiva.
Para os iorubás, uma vez que tudo é repetição, nada é novidade, aquilo que nos acontece hoje e que está prestes a acontecer no futuro imediato já foi experimentado antes por outro ser humano, por um antepassado, pelos próprios orixás. O oráculo de Ifá, praticado pelos babalaôs, baseia-se no conhecimento de um grande repertório de mitos que falam de toda sorte de fatos acontecidos no passado remoto e que voltam a acontecer, envolvendo personagens do presente. É sempre o passado que lança luz sobre o presente e o futuro imediato. Conhecer o passado é deter as fórmulas de controle dos acontecimentos da vida dos viventes. Esse passado mítico, que se refaz a cada instante no presente, é narrado pelos odus do oráculo de Ifá, preservados no Brasil pelo jogo de búzios das mães e pais-de-santo dos candomblés. O jogo de búzios é a leitura do tempo mítico que se refaz no presente. É olhar o presente com os olhos no passado.
A essa concepção africana de tempo estão intimamente associadas as idéias de aprendizado, saber, competência e hierarquia que podemos observar no candomblé. Para os africanos tradicionais, o conhecimento humano é entendido, sobretudo, como resultado do transcorrer inexorável da vida, do fruir do tempo, do construir da biografia. Sabe-se mais porque se é velho, porque se viveu o tempo necessário da aprendizagem. A aprendizagem não é uma esfera isolada da vida, como a nossa escola ocidental, mas um processo que se realiza a partir de dentro, participativamente. Aprende-se à medida que se faz, que se vive. Com o passar do tempo, os mais velhos vão acumulando um conhecimento a que o jovem só terá acesso quando tiver passado pelas mesmas experiências. Mesmo quando se trata de conhecimento especializado, o aprendizado é por imitação e repetição. As diferentes confrarias profissionais, especialmente as de caráter mágico e religioso, dividem as responsabilidades de acordo com a senioridade de seus membros e estabelecem ritos de passagem que marcam a superação de uma etapa de aprendizado para ingresso em outra, que, certamente, implica o acesso a novos conhecimentos, segredos ou mistérios da confraria.
Olá. Maravilhos o blog. Sempre que posso entro para conhecer um pouco mais sobre a cultura afro-brasileira e seus costumes devido a meu interesse por religiões.
Segue uma dúvida:
Frequento um centro espírita kardescista onde me sinto extremamente bem e sempre que posso vou em giras de umbanda (apenas para tomar passe) e tenho ido a um barracão de candomblé, nação de angola, que me foi apresentado por uma amiga. Nesse barracão me sinto extremamente bem e a vibração do local é maravilhosa.
Ultimamente tenho me sentido confuso e divido, pois em alguns aspectos uma doutrina contradiz a outra, porém, existem, também, similaridades entre todas. Mas, também, com todo respeito à ambas as religiões, não acredito em 100% de nenhuma qualquer. Na verdade, não acredito que alguma religião carregue 100% da verdade absoluta do universo.
Devo acrescentar que existe extremo interesse entre o Kardescismo e o candomblé. Gostaria de saber se existe algum problema em frequentar as duas. Acredito nos orixás como prega o camdomblé, em seu axé e em como eles são divindades maravilhosas, como zelam por seus filhos, etc. Não acredito em lendas como “brigas e guerras entre orixás” porque não acredito que eles possuam o egoísmo e as mesquinharias humanas. Acho que eles são absolutamente evoluídos demais pra isso. Algumas pessoas remetem a eles como se tivéssemos que temê-los. Acho que devemos respeitá-los e ser agradecidos por toda sua bênção. Não acredito também que nossos destinos são escritos por eles, pois senão, seríamos como bonecos sem vontade e se livre-arbítrio.
Acredito, também, na lei da evolução e da reencarnação como ensina o kardescismo. Acredito que o que nos pune são nossos próprios atos errados como carma e paradoxo gerado em encarnaões futuras. Enfim…
Existe algum problema em cultuar meus orixás e, até mesmo depois de uma feitura de santo, continuar a estudar e desenvolver minha mediunidade através do kardescismo? Pois uma das minhas metas na vida é ajudar pessoas com seus problemas espirituais através do kardescismo como tenho sido ajudado, aliás MUITO AJUDADO! Tenho sido ajudado nos quesitos saúde e obsseção dentro do kardescismo. Por exemplo, sou filho de oxaguiã e amo muito esse orixá. Será que como filho feito no santo eu poderia continuar estudando o espiritismo kardescista, desenvolvendo minhas mediunidades e poderes de cura para poder ajudar pessoas? Pois todos, desde um pai de santo, uma cigana, uma xamã até os irmãos kardescistas do centro espírita em que frequento dizem que tenho uma mediunidade e poderes de cura muito fortes e é claro que gostaqria de, com isso ajudar as pessoas no candomblé da mesma forma, se é que é possível.
Gostaria de usar isso pra ajudar o mundo e pessoas a minha volta. Meus pais, Oxaguiã e Oxóssi desaprovariam uma coisa dessas pelo fato de não ser uma doutrina proveniente do afro-brasileiro? Me puniriam de alguma maneira? O envolvimento com o camdomblé atrapalharia meu trabalho no kardescismo?
Sei que é uma questão extremamente complicada e delicada, mas gostaria muito de colher opiniões de pessoas que entendem mais do assunto que eu, pois estou desenvolvendo minha espiritualidade agora em ambos os caminhos e gostaria que uma não “batesse de frente” com a outra pois, na verdade só quero fazer o que gosto e fazer: o bem a minha volta. E ser abençoado pelos meus orixás, Guiãn, Oxossi e Iansã, respectivamente, mesmo atuando em uma doutrina que não seja o camdomblé, pois no fundo, nminhas intenções são boas…
Agradeceria muito que o senhor me desse uma luz, pois me sinto muito perdido em relação a isso.
Alessandro eu em particular discordo frontalmente de vc, da idéia que vc põe em debate. O candomblé é uma religião que não prega a culpa, a remissão dos pecados, pecado, e outros dogmas religiosos baseados no catolicismo. O candomblé não tem nada em comun com o kadecismo que se baseia em idéias e doutrinas católicas. Mas isso não te impede de gostar dos dois segmentos, mas o que vc não pode é misturar as coisas, antes de seguir no candomblé leia obras como as do prof Reginaldo Prandi, Pierre Verger, Nina Rodrigues e outros pesquisadores. Aqui mesmo temos bastante material sobre o candomblé que podem te dar uma idéia bem mais ampla da diferença entre kardecismo e candomblé. Os Orixá tem comportamento humano sim, tiveram casos, brigas, intrigas, desentendimentos, roubo e esposas, filhos abandonados e muito mais, mas não podemos ler o passado com olhos do presente. O candomblé, o culto aos Orixá é milenar e teve sua origem na Africa negra, onde a observação do padrão da natureza tanto na agircultura, na passagem das estações e no comportamento dos anomais é que ditaram a forma de entender os aspectos da naturaza que hoje chamamos de religião, o candomblé foi baseado no comportamento natural, onde matar não é pecado. O leão não mata por esporte e sim para sobrevivencia e pro aí vai o natural a que me refiro. Por isso não se pode ler as lendas com olhos de pecados ou certo e errado de acordo com padrões criados para nos impor limites. Alessandro realemnte é muito longo e complicado este assunto, volte mais vezes e vamos conversar mais. Tomege do Ogum
só acho que o candomblé deveria ser mais divulgado por pessoas sérias, assim como em todas as religiões, qdo falamos nossa religião todos te olham torto ai vc tem que explicar que não nada disso de fazer o mal de colocar bicho nas encruzilhadas enfim o que fazem os falsos pais de santo e por isso todos na nossa religião ficamos prejudicados por alguns, eu não tenhho que esconder qual minha religião por uns trapalhões. bjos axé e paz
sou gaiacu jokolosy,meu objetivo e os valores espirituais ,culturais e cientificos economicos da religião de raizes africana,estamos avançando e precisamos unirmos cada vez mais somos fortes e muito resistentes.um abraço a todos sacerdotes e sarcerdotizas.
Jokolosy sua benção, ficamos horados com sua visita, volte sempre que desejar, e comente sempre, trocar informação é excencial para mantermos vivas nossas raízes. Tomege.
colofé… nao tenho palavras para elogiar , tomege e manu . sintome muito feliz por existirem pessoas vinculadas ao candomble como vcs!!!!!!!!!!!!!!!!
em Fevereiro 24, 2009 às 1:46 pm leonardo asogun
tomege… a pessoas;politicos a quais nao devo citar o nome, q diante de tantas agreçoes se tornam inertes ,demostrando uma falta de interesse que me espanta , pessoas estas que são ligadas a candomble, e umbanda presente no legislativo, (com o poder ) e nao tomam atitude alguma. somos chamados de demonios , filhos do cão , e no entanto nem existem demonios em nossas religiões. Quero pedier para que meu pai ogum aires e toda as falanges de orixas funfuns ou nao te abencoem,e que vc permanessa forte e viril como seu pai je ja força irmao!!!!!!!!!!!!!!!!!!11
colofé… nao tenho palavras para elogiar , tomege e manu . sintome muito feliz por existirem pessoas vinculadas ao candomble como vcs!!!!!!!!!!!!!!!!
em Fevereiro 24, 2009 às 1:46 pm leonardo asogun
tomege… a pessoas;politicos a quais nao devo citar o nome, q diante de tantas agreçoes se tornam inertes ,demostrando uma falta de interesse que me espanta , pessoas estas que são ligadas a candomble, e umbanda presente no legislativo, (com o poder ) e nao tomam atitude alguma. somos chamados de demonios , filhos do cão , e no entanto nem existem demonios em nossas religiões. Quero pedier para que meu pai ogum aires e toda as falanges de orixas funfuns ou nao te abencoem,e que vc permanessa forte e viril como seu pai je ja força irmao!!!!!!!!!!!!!!!!!!11
Manuela,
Mais uma vez vc me surpreende com um texto belíssimo sobre TEMPO.
A coisa que mais me perguntam sempre é “quando????”
Eu “tento” explicar dentro dos meus conhecimentos o que é o tempo para os Orixás – como se diz no Ketu = Orixá não tem calendário…..
parabéns pelo blog, lindíssimo, com textos pontuais, honestos, claros e muito esclarecedores.
O meu axé para voce.
saudades,
Renata
Olá, Manuela! Mo jubá!
Tenho esse texto do Prandi no meu site, o Monomito, e gosto muito dele. O texto esclarece a concepção iorubana de tempo de forma didática, comparando-a com outras visões culturais sobre o mesmo.
Meu site está num endereço novo: http://monomito.net
Vou colocar um link pra vocês lá. Gostei muito do seu blog.
Olá meu nome é Lucas Aleixo Sou do Colégio Pedro 2º e Estamos fasendo uma pesquisa sobre rituais ! Queremos falar sobre o o ritual do candomblé ! E gostaria de saber qual o nome do lugar onde vocês fazem o ritual ! Muito obrigado e parabéns pelo blog esta bem legal !
Lucas Aleixo são vários nomes e isso depende da região do país, aqui no RJ o normal é ser chamado terreiro no caso de Umbanda e Barracão ou roça no caso de Candomblé. Pode perguntar o que for preciso, gostamos muito de colaborar nessas pesquisas. Tomege do Ogum
Quero desenvolver minha mediunidade gostaria que vc me ajudassem…
Olá wellington
O desenvolvimento de mediunidade pode ocorrer em diversas religiões, busque conhecer essas religiões e então adota ruma que seja compatível com sua formação, sua forma de pensar
AXé
Olá Alessandro entendo perfeitamente sua dúvida.Eu fiz santo a 12 anos atrás, mas antes disso ja tinha passado pelo kardecismo e pela umbanda,e fui criado no meio de católicos fervorosos e pastores evangélicos.
Quanto ao culto dos orixas confesso que é maravilhoso,quando vc entender bem o que é o orixá,a feitura o significado,os fundamentos a relação com a natureza,tudo isso é lindo e confesso-lhe que admiro muito apesar de estar afastado da religião a 7 anos.
Mas infelismente hoje o culto aos orixás(candomblé) virou um comércio,tem que ter pagamento para tudo são poucos os pais e mães de santo que levam o culto por amor aos orixas e ao proximo,caridade se ve muito pouco.É uma pena pois a religião por vir do negro a igreja católica já a colocou mau vista depois para piorar veio os ´protestantes(evangelicos) que nos ultimos tempos tem crescido muito e piorou ainda mais a imagem do candolblé a como se não bastasse o povo acha que candolmlé é so para fazer feitiços e vingança contra os inimigos.
agente chega no orixá é pelo coração,pois se vc for analisá-los.eles significam justiça como xango,fraternidade ,maternidade que são sentimentos de amor como oxum e Yemanja,paz como oxala,mas hoje está dificil de ver isso.
Se você preocupa tanto em fazer a caridade ao próximo acho que vc encontrara mais chanche na umbanda e no kardecismo.
Mas os orixás são magnificos o que estraga a religião é o homem e VALE LEMBRAR QUE NÃO ESTOU GENERALIZANDO POIS EXISTEM POUCOS SACERDOTES QUE AINDA DEDICAM A RELIGIÃO COM AMOR.
aXÉ PARA VOCE E QUE AS BENÇÃOS DIVINAS LHE DE LUZ PARA VC ACHAR SEU CAMINHO
QUERO CORRIGIR MINHA OPINIÃO LA NO FINAL EU QUIS DIZER QUE NÃO ESTOU GENERALIZANDO.
ME ESQUECI DO NÃO
oi q grande avanços,estamos bém resistentes
parabenizo o trabalho d vcs.
que wau lissa..abençõe a todos
ya jokolosy.
Ola tudo bem?? Adorei o site ..
Tenho uma pergunta de umas coisas que ando vendo em alguns lugares…
é possivel incorporar em mais de um santo? é possivel a entidade mentir para
proteger seu filho? é possivel uma mae de santo ficar fora do barracao e deixar tudo nas mãos de uma mae pequena que não tem nem um buri?
Se puderem responder serei muito grato
Que todos orixas abençoe a todos….
Kel, o Candomblé Keto não tem segunda incorporação com òrìsá. Ainda não vi.
Òrìsá é guardião da verdade, do bom carater e da correção suprema.
A palavra é apenas uma e ela provém de Olodunmarè. (Osetura).
Isto é blasfemia, uma pessoa sem iniciação dentro dos mistérios ter que lidar com estas questões.
Ifá diz em Ofun’se:
Aquele que mente será destruído pela mentira.
Aquele que provoca discórdia será destruído pela discórdia.
A falsidade despojará o falso da força vital de que dispõe.
A falsidade destruirá os falsos.
Foram eles que adivinharam para Ifá, sábio supremo no Òrun.
Todos aqueles que trocam a verdade pela mentira,
Serão levados para o Òrun por Ifá.
Não chamem o morto de vivo, nem chamem o vivo de morto.
Quem chama o morto de vivo ou chama o vivo de morto,
Será levado para o Òrun por Ifá.
Não chamem uma mulher fértil de estéril,
Nem chamem uma mulher estéril de fértil.
Quem chama uma mulher fértil de estéril ou chama uma mulher estéril
De fértil será levado para o Òrun por Ifá.
Não chamem o preto de branco, nem chamem o branco de preto
Quem chama o preto de branco ou chama o branco de preto,
Será levado para o Òrun por Ifá.
Ire o.
Obrigado pela resposta…
Queria deixar umas palavras…
Passei 7 anos da minha vida me dedicando a um barração de corpo e alma como sempre faço na minha vida…
Comecei a ver coisas erradas diz q me diz e tomei a decisão de sair, voltei mais uma vez para colocar tudo em pratos limpos, quando fui apontado de estar fazendo ” macumba” para todos para atrapalhar e ate chegou ao absurdo de eu saber que estava vindo tudo da boca da mãe de santo ate q eu prendi um exu… Enfim… Discuti com algumas entidades e sai de la gritando justiça e que eu seguiria com a minha verdade ate o fim e perdi muitas amigas…
Mais como o orixa é presente na minha vida e correm pelas minhas veias passado alguns meses a justiça esta sendo feita e a verdade esta vindo a tona…
Então falo para todos confiem nos seus orixas no absoluto pois nós não perdemos nada que não temos e o que é de merecimento nosso vira no tempo certo acreditem que apesar das dificuldades os orixas estão em todos os detalhes eu faço isso e sou feliz…
Sempre agradeçam ao seus orixas e a Deus por tudo eu como não tenho certeza dos meus agradeço a todos… todos os dias….
Obrigado…
olá, meu nome é Alessandro sou do ogum com iansã e estou frequentando um barracão de angola em nova iguaçu .fiquei surpreendido ontem {dia 23 /04} com a minha zeladora pois eu não tive condições de fazer minhas obrigações de santo guando eu falei a ela que eu não ia fazer nada ela ficou quieta.fiz todos os preceitos dos meus irmãos e ajudei no que pude para sair tudo bem .no final ela pegou e me chamou e falou que tinha feito um agrado para o meu orixá para eu entregar .isso é raro pois já viu muitos não fazer nada para os outros sem algo em troca.e ela ainda me pediu obrigado por ter ajudado com os preceitos dos meus irmãos são nessas pequenas coisas que fazem eu acreditar ainda mais que a religião que eu escolhi ela só não é linda se as pessoas que as cultuam fossem mas amigas ,companheiras compreensivas e solidarias pois a humildade que ela como zeladora teve ás vezes eu não vejo nem em iâo. gostaria de agradecer e parabenizar pelo site que é lindo e aprendo bastante com vocês.
muito obrigado asé
ANDERSON RIBEIRO
ALESSANDRO A.DOS REIS…
FIQUEI MARAVILHADO COM O SEU POST, POIS EMBORA NÃO FOI O MESMO QUE ACONTECEU COMIGO, MAIS TAMBÉM FOI DE MUITO CARINHO QUE MINHA MÃE DE SANTO ALABÁ DE AYRA FEZ POR MIM QUANDO EU PRECISEI DE FAZER UM ÉBO COMPLICADO ELA ESTEVE AO MEU LADO E FEZ MUITO POR MIM OU MELHOR TUDO POR MIM, FOI TÃO DE CORAÇÃO QUE EU FUI SUSPENSO OGAN DO SANTO DELA E SOU FELIZ NA MINHA CASA, E TENHO UM AMOR PELA MINHA MÃE QUE SÓ DEUS E AYRA SABEM…ASÉ A TODOS OS BABAS E TODAS AS YAS QUE FAZEM POR AMOR…AO SANTO E AS PESSOAS QUE ALI ESTÃO…
ANDERSON RIBEIRO ASÉ CASA BRANCA DO ENGENHO VELHO, ANCHIETA – RJ.
Realmente é raro ver hoje Pais e Maes de santo, que ajudam os filhos de santo…
E pareçe que quando o estado/ a cidade é “pobre” os Sacerdotes querem só valores!
Virou moda abri “Filiais de terreiros”, vender deká, regalia, cobrar valores altissimos para se fazer obrigações… E quem quer seguir os preceitos direitinho, é humilhado, vitima de chacota alheia!
Diego,
Só discordo de você com relação aos que querem seguir a liturgia corretamente, acompanhando a sua raiz matriz, estes não são humilhados de forma alguma e nem vítimas de chacota alheia. O Bom candomblecista é respeitado e não precisa de barracão cheio pra ter fama, o bom zelador se impôe pelo respeito e dedicação ao Orixá.
Axé.