Vemos com frequência diversos amigos e irmãos de fé, internautas se lamentando por terem incorrido em algum tipo de erro relativo ao comportamento pessoal, amoroso, social ou religioso.
As atitudes, os atos, as palavras, os pensamentos, calunias/difamações e sentimentos negativos de ódio, raiva, ira ou qualquer coisa que valha, são pontos a serem discutidos neste artigo.
Nossas atitudes não são amenizadas por um simples gesto de arrependimento. O arrependimento e pedido de desculpas são relativos ao caráter pessoal, ao crescimento espiritual, desenvolvimento da inteligência emocional e aprendizado.
Um verso de Ogbè Yonu (Ògè’Ògúndá) nos diz:
A descendência de Okika
Adivinhação por Ifa foi feita pelos descendentes de Orubutu.
Os descendentes de Orubutu.
Foi lançado Ifá para a garrafa quebrada (Opalábà).
A prole de Orubutu e Opalábà.
Ifa foi lançado para aqueles em Oyilajbomono (foi feito jogo).
Eles têm apenas uma esposa
E eles a trouxeram furtivamente de longe
Ifá não está em casa.
Eis porque as pessoas me ridicularizam.
Quando ele chegar, ele me socorrerá.
Ọbàrà Òsé é aquele que recupera Ogbè Yonu.
Qualquer um que tomar a mulher do sacerdote de Ifá.
A folha Idi vai criar problemas em sua casa.
Ifá não está em casa.
Eis porque me ridicularizam.
Quando ele chegar, vai me redimir
Ọbàrà Òsé logo vai trazer a salvação para Ogbè Yonu.
Ele que roubou a mulher do sacerdote de Ifá.
O rato gigante vai cavar o túmulo de todos e levá-los para o òrun (céu)
Ifá não está em casa.
Por isso estão me ridicularizando.
Quando ele chegar vai me resgatar.
Ọbàrà Òsé logo vai trazer a salvação para Ogbè Yonu.
Ele que levou a esposa do sacerdote de Ifá.
A folha Akawoleri mo lo tete.
Certamente eles chorarão como o orvalho que cai sobre a folha.
Ifá não está em casa.
Por isso me ridicularizam.
Quando ele chegar, vai me resgatar
Ọbàrà Òsé logo trará salvação para Ogbè Yonu.
A reparação divina sempre vem em sua hora mais propicia.
Dentro de nossa religião não temos:
O arrependimento das faltas cometidas durante a vida e a garantia da salvação.
Nossos valores são outros.
Somos os responsáveis, e os unicamente responsáveis, por nossos atos e vamos prestar conta destes atos, com o agravante de podermos distribuir esta falta por nossa família no òrun (reino espiritual), dentro do conceito de Àyànmọ (aquilo que recebemos como um karma).
Não negamos a existência de ebó e orações que se prestam a aliviar a carga ou mesmo livrar a pessoa de uma falta cometida.
No Odù Òyékù’Òtúúrúpòn vemos o bàbáláwo fazer ebo para esta finalidade.
Ọrùnmìlá me perdoará, o Perdão me perdoará.
Se água mata um ser humano, isto será perdoado.
Se um rei mata um ser humano, ele será perdoado.
Ọrùnmìlá!
Permita que eu seja perdoado nesta questão!
Permita que todas as pessoas da cidade perdoem-me em consideração a esta questão, como a chuva em todas as casas eu serei perdoado pela comunidade.
Dois …. e ……. cauwries muito bem oferecidos.
Ewé: moer todas as folhas de Ifá e mistura com ìyèrósùn.
Coloque a mistura em dois pequenos….
Embrulhe e use, até o perdão ter sido recebido.
Este é o ebo confeccionado pelo Bàbáláwo.
Eu me pergunto:
Qual o tamanho/gravidade de sua falta, para merecer tal ‘perdão’?
Não podemos nos enganar, neste quesito. Não estamos negociando apenas com seres humanos e o conceito de falta/erro é muito mais amplo do que possamos imaginar.
O Odù Òkánrán’ Òdí fala:
Este é um rato marrom
O que rói grama com facilidade
Este é rato Afeebojo.
O que corrói silenciosamente a grama.
Essa foi a previsão de Ifá para Ariyunbese,
Filho de Ilaminrin-Akoko.
Quando ela sofria de perda de filhos recém nascidos.
Ela foi orientada a fazer um sacrifício e abster-se de coisas proibidas (èèwọ-tabu)
Ariyunbese não levou a sério o conselho de Ifá.
Então, o que realmente come crianças Ariyunbese?
É a sua intemperança, é a sua relutância em abster-se de comer caracóis (tabú para ela).
Isso é o que realmente devora as crianças, Ariyunbese.
Estou certo de que o texto fala por si completamente e não há necessidade de elaboração. Este texto, cita apenas em um exemplo e explica o que pode acontecer (não o fato narrado) se você não seguir as proibições, há inúmeros exemplos em outros versículos dos Odù Ifá, mostrando como as situações ruins podem acontecer ao se violar as proibições e os tabus.
Portanto tentar se esconder, tentar ludibriar, ocultar a verdade de você mesmo, fingir que o mal é menor, que não há tanto perigo, que tudo pode ser resolvido com um ‘engambelo’ ao Òrìșà ou ficar de ‘castigo’ no barracão um fim de semana recolhido vai lhe dar a certeza do tão esperado perdão para sua falta. Bem…. Deixa pra lá.
Se o erro foi cometido de caso pensado, se foi uma falta com conhecimento de causa, se foi um ato intempestivo, um momento de raiva ou fúria, devemos nos lembrar novamente de nossos ensinamentos sagrados, devemos nos lembrar das 16 Leis máximas de Ifá que estão contidas no Odù Òfún’kárán (ver texto clicando em minha foto), devemos nos lembrar que não devemos manipular uma ‘faca’ em momentos de raiva ou descontrole.
Uma faca não pode ser tão amolada a ponto de querer cortar seu próprio cabo.
A colheita, o resultado, de nossos atos é certa!
Não nos iniciamos nesta religião para podermos ter acesso a coisas que a vaidade deseja, a iniciação é se reiniciar, é se reciclar, é mudar de vida e atitude, é crescer e aprender com todas as falhas e faltas do passado, o Odù Èjì Onilè (Ogbè mèjì) nos diz:
Iniciamos você nos segredos de Ifá ou Òrìșà
Você deve se reiniciar.
Foi assim que Èjì Ogbè (Èjì Onilé) foi iniciado.
Então ele mergulhou na floresta Sagrada.
Iniciamos você nos segredos de Ifá/Òrìșà.
Então, você deve reiniciar-se.
Se você chegar ao topo da palmeira (Igi Opè -Dendezeiro).
Não deixe suas mãos soltas.
Èjì Ogbè, o mais elevado de Odù, passou por auto iniciação, mesmo depois de ser levado a floresta sagrada (Igbòdù) para a iniciação (Te’fa, iniciação do Bàbáláwo), ele mergulhou de volta para a floresta. Este ato mostra que mesmo um iniciado deve voltar para a floresta (seu interior), a fim de ensinar a si mesmo. E, mesmo nessa estrofe curta, Ifá nos lembra que, mesmo que ao atingir o auge da compreensão e do conhecimento, nossa arrogância deve desaparecer, para não deixar que a nossa mão se perca e venhamos a desmoronar e cair da palmeira.
A auto reiniciação é uma ferramenta poderosa que deve ser usada para você não mais incorrer nos erros que podem lhe levar as dores de cabeça, aos arrependimentos e consequentemente a punição (ões), que pode ser nesta vida, em outra ou mesmo no seu retorno ao òrun.
Após nossa morte passamos pelo portão que liga o Ayè (mundo físico) ao Òrun (mundo espiritual), e ali, deveremos prestar contas ao Onibode (Senhor do portão), Èşù, sim, ele mesmo!
A ele vamos nos reportar em primeira instância e teremos ao nosso lado uma poderosa testemunha que nos acompanhou durante toda a vida, que esteve ao nosso lado por toda nossa caminhada e ela será a fiadora de nossas palavras, Ojiji e este é um dos seus trabalhos.
Quando dizemos que Ifá está presente em nossas vidas e nossa vida está dentro dos ditames sagrados de Ifá (A voz de Olódùmarè) e somos levados a interpretar Ifá mesmo sem querer, é porque o mundo é/está interligado, todas as coisas estão conectadas, mesmo sem saber estamos recitando um verso/ensinamento de Ifá.
Veja o exemplo em uma música do cantor/compositores Lenine/Ivan Santos, que mesmo sem saber (talvez) nos fala sobre o que me inspirou neste dia.
Ele fala sobre assumir a responsabilidade pelas suas atitudes.
Do it.
Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, aguenta 2x
Se sujou, cai fora
Se da pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora 2x
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance 2x
Se tá puto, quebre
Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre 2x
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure 2x
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
Quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
E não se submeta 2x
Link: http://www.vagalume.com.br/lenine/do-it.html#ixzz33zmWkEgI
Resumindo:
Uma das melhores virtudes que um ser humano ou um ser humano iniciado nos mistérios do Òrìșà (principalmente) deve ter dentro de si é a Verdade (Òtító), é ela que vai lhe levar pelo caminho mais fácil da vida, será ela que vai lhe ajudar a carregar o fardo, ela vai lhe aliviar a carga e as tentações, ela vai levar para longe os maus pensamentos, vai trazer a reflexão para dentro de você, vai fazer de você um ser humano melhor, mais justo, mais apegado a espiritualidade e não a religião em si, vai deixar seu interior mais confortável. Vai fazer você ouvir, em vez de simplesmente escutar, vai lhe levar a reflexão, vai lhe proporcionar o amadurecimento dos sentimentos.
Ela vai guiar seus passos, vai clarear seus caminhos como um lanterna.
Ela vai lhe dar menos arrependimentos as suas atitudes, pense nisso e experimente!
Nossa religião é riquíssima em ensinamentos, Ifá, a base de nossa religião está sempre nos ajudando com seus conselhos e sua filosofia.
Veja o que diz o Áwo Fatunmbi em seu livro Ìbà’se Òrìşà:
“Dentro da estrutura do ritual de Ifá, o Odù é usado para invocar Òsá’túrá (Odù que nos fala sobre a importância da verdade) e Èsù, que é tanto o Mensageiro Divino, como o Guardião da Verdade. Este duplo papel tem causado alguma confusão entre aqueles que têm escrito sobre a posição de Èsù na cosmologia do Ifá. A confusão parece estar baseada em um mal-entendido sobre o papel da Èsù em causar distúrbios. Uma das funções da desordem natural em assuntos do cotidiano é sacudir a consciência para liberar a sua autoindulgência e pensamento rígido. Porque a Terra está em constante processo, todas as percepções da relação entre o Eu e o mundo estão em constante estado de fluxo. Aqueles que negam ou ignoram a natureza dinâmica desta relação são regularmente lançados a um estado de confusão, como resultado de algumas mudanças inesperadas dos acontecimentos. Em termos simples, a percepção humana da verdade está em constante mudança (muito cuidado com isto) e uma das funções de Èsù é nos lembrar que a busca humana da verdade nunca deve estagnar.
Dizer que Èsù é o guardião da verdade é sugerir que a verdade nunca pode tornar-se um conjunto fixo de regras ou dogmas. Em vez disso, a Verdade é uma maneira de olhar para si mesmo e o mundo, é um estado de ser (deveria ser a realidade continua dentro de todos), em vez de um ato de conhecimento. Este é um conceito ilusório para alguns ocidentais, porque fomos condicionados à ideia de que a verdade é estabelecida por fatos objetivos. A ideia de que a Verdade só pode ser descoberta se formos periodicamente sacudidos em nossas noções preconcebidas, é perturbador para aqueles que querem que a religião tenha as respostas corretas sobre qualquer assunto”.
Diz o Odù Òsá’túrá:
Òsá Aláwo diz: O que é a Verdade?
Eu digo: O que é a Verdade?
A Verdade é o sacerdote do òrun que protege o mundo.
Òrúnmìlá diz que a Verdade é o espírito que protege o mundo invisível.
A Verdade é o conhecimento que Olódùmarè está aplicando.
Òsá Aláwo a questão novamente é:
O que é o certo?
Eu digo: O que é a Verdade?
Òrúnmìlá disse que a natureza de Òtító é o caráter de Olódùmarè.
A Verdade é a palavra que não muda.
A Verdade é Ifá.
A Verdade é a palavra indestrutível.
A Verdade é o poder sobre todas as atribuições.
A bênção que dura para sempre.
Esta foi a declaração do Ifá aos habitantes da Terra.
Eles sempre foram avisados a fazer a coisa certa.
É preciso ser honesto.
Quem é correto será apoiado pelas divindades.
Um provérbio yorùbá nos remete novamente aos ensinamentos sagrados onde a afirmação do caráter é uma constante, nos direcionado, sempre, para o caminho mais virtuoso.
Novamente Fatunmbi nos brinda com um comentário sobre este Owe Ifá (proverbio de Ifá).
Tọọro looma Ilẹ Ifẹ.
É um caminho reto que leva a Ilẹ Ifẹ.
Comentário:
Aqueles que acreditam em destino, aqueles que acreditam no poder de Òrìșà e aqueles que acreditam no processo de construção do bom caráter, sabem que o caminho para descobrir o destino pessoal é reto, estreito e sem ambiguidades.
Ilè Ifè é a capital espiritual dos yorùbá e está localizada no Estado de Ọșun, Nigéria (antiga Ọyọ State). Mas há outra Ilẹ Ifẹ, existente no Òrun.
Esta Ilẹ Ifẹ é considerada a casa da Criação.
É o lugar de descanso para aqueles antepassados que já cumpriram o seu destino dentro do Reino da Terra.
O caminho para Ilẹ Ifẹ no Òrun não deve ser alterado, ele é o compromisso de construir um bom caráter por meio da orientação de Ifá / Òrìșà.
Literatura mais ocidental sobre Òrìșà e Òrun, são associados com o céu e identificam-no como um morador no céu.
No entanto, a cosmologia de Ifá localiza Ilẹ Ifẹ, por analogia, como um mero lugar.
É um lugar de influência oculta de onde a sabedoria dos ancestrais evoluem continuamente e influenciam o processo de criação e evolução.
Essa crença em alguns aspectos é similar à crença religiosa do Oriente, onde as influências de Mestres Invisíveis transformam a vida espiritual na Terra.
Encerramos este artigo onde vemos uma das máximas de nosso profeta, quando ele afirma que após a exaustão, devemos deixar a pessoa viver a sua vida e a sua história da forma que mais lhe convém, porém, jamais contará com nossa ajuda.
Afinal de contas, somos os únicos responsáveis por nossos atos e atitudes.
O Odù Èjì Onilè diz:
Faça seu trabalho.
Eu não estou trabalhando.
Este foi o jogo de Ifá para a pessoa preguiçosa.
Ele que dorme até que o sol está em cima (alto).
Ele que confia que é possuidor (herdeiro) de herança e não se expõe a sofrer (trabalhar).
Se nós não labutamos e produzimos de nosso suor hoje.
Nós não podemos ficar ricos amanhã (a prosperidade é um processo)
Marche pela lama (Enfrente suas dificuldades).
Eu não posso marchar pela lama (Diz o descansado).
Se nós não marchamos pela lama.
Nossas bocas não podem comer comida boa.
Estas foram às declarações de Ifá à pessoa preguiçosa.
Ele que possui membros fortes, mas se recusa a trabalhar.
Ele que escolhe ser inativo pela manhã.
Ele só está descansando por sofrer pela noite (O desfrute).
Só labutando pode-se apoiar uma pessoa (Receber benção de Òrìșà).
Inatividade não pode trazer dividendo.
Quem se recusa a trabalhar.
Tal pessoa não merece comer.
Se uma pessoa preguiçosa tiver fome, por favor, o deixe morrer (ficar na ignorância).
Morto ou vivo, uma pessoa preguiçosa é uma pessoa inútil (E não fará falta).
Por: Odé Gbàfáomi
palavras que remetem as pessoas pensarem antes de agir, e agir sem arrependimento ,”sem arrependimento” se o que fez num prejudica ninguém.
hoje comentei que a religião ensina é isso o que você passou agora para mim…
se eu achar um caminho limpo e no meio dele eu encontrar espinhos cara eu vou em frente e caio pra dentro,porque o orixá esta comigo ele faz que nenhum desses espinhos entrem em meus pés.
porque já segui vários caminhos e nunca vi o que tem lá no fim.
Agora eu sigo e vou em frente!
mais uma vez parabéns pelo ensino…
motumbá!
neto t´logun
Motunmbá ‘se Neto.
Ọrùnmìlá gbe o.
queria que você postasse alguma coisa esclarecendo o que logun edé e ewá tem em comum, muitas pessoas falam que são alma gêmea!
acho isso extraordinário!
presenciei um dia desses atrás a feitura de uma obá, e algo me surpreendeu me deixou até com medo…
mais enfim, a oyá de uma filha da casa pegou a pequena yawô de obá e pulou num poço com a pequena no colo e a mesma estava num sono maravilhoso e a oyá veio com um apóló na boca e entregou na mão da yalorisá da casa que estava a espera da oyá quando a oyá subiu a criança acordou!
gentee isso foi coisa de orisá mesmo ou num sei explicar tenho 14 anos de axé mais nunca tinha visto igual.
Mais uma vez maravilhado com os ensinamentos de ifá , cada texto que leio minha vontade e maior de ir buscar ensinamentos e fazer parte deste culto.
Bom Dia,
Mentor Da Ilha: Eu sei que meu comentário sai do tema da sua postagem, mais eu lhe peço encarecidamente que lei e me responda.
Eu gostaria de algumas informações.
Eu sou do candomblé a uns 2 anos, eu entrei equivocadamente na religião e não me adaptei a religião. Eu gostaria de saber como eu faço para sair em paz com os meus orixás e com a minha zeladora? E com relação aos meus assentamentos o que eu posso fazer com eles? Pois não quero deixá-los na casa da minha mãe de santo pois tem pessoas muito perversas lá. O que acontece se os santos não aceitarem a minha saída.
Eu tenho um conhecido que ele primeiro eu fez uma comida pros santos depois despachou eles isso é correto, já que ele como eu não se adaptou a religião, eu gostaria de saber se isso é correto?
Obrigado pela sua atenção espero respostas.
Hoje não vim aqui para fazer perguntas, embora ainda tenha muitas, até porque o candomblé é uma religião cheia de mistérios, encantos uma religião rica. Mas me dei conta de que acompanho o blog desde 2009, ou seja, há 5 anos. E nessa caminhada, nada pode pagar o aprendizado que adiquiri aqui, de forma gratuita e responsável. Aquela pessoa que antes achava que candomblé se resumia a orixá, entende que vai além disso, que tão importante quanto orixá, é o Ori e o caráter (esse me deu trabalho!!! rsrs). Mas enfim, quero agradecer a todos que fazem este blog, aos que passaram por aqui e aos que se encontram atualmente. Espero um diar poder refazer meu caminho espiritual. Mas de qualquer forma sempre estarei por aqui. Afinal, aprender nunca é demais. Modupé!!!!!!
Paulo ficamos felizes que você tenha entendido a finalidade de nosso trabalho.
Ire
Matheus creio que você deve ler e reler este texto.
Não se perca em jeitinhos e armações. Seja corajoso, valente e educado.
Acima de tudo seja inteligente e tenha personalidade.
Ninguém pode lhe culpar, ninguém pode lhe imputar culpas ou medos.
Òrìsà não vai lhe castigar, não vai lhe matar e nem lhe quebrar as pernas ou fazê-lo perder emprego ou parceira amorosa.
Então, sente com seu sacerdote e seja sincero, Otìtò a verdade, seja verdadeiro, seja justo.
Os òrìsà lhe apoiarão.
Ire
Mentor: Da Ilha
Agradeço muito você ter lido a minha mensagem e me respondido.
Na verdade eu estou com o meu coração muito agoniado com esta situação e sem saber o que fazer (o correto). Pois minha zeladora e meio radical, enquanto o senhor fala que os orixás não vai me castigar, minha zeladora fala o contrario pois vou estar rejeitando eles (orixás). Eles vão me castigar de alguma forma ate eu fazer o que eles querem. Isso é meio assustador!
Teve uma vez uma senhora que me disse que eu tinha que jogar em outros lugares para ver se o santo iria aceitar (dar permissão) que eu saísse e se caso eu me desfizesse (contra a sua vontade deles) eu ia receber um castigo, esta informação procede? Eu sou novo no candomblé só tem + ou – 2 anos, procurar sempre me informar com as pessoas mais velhos na religião, para que eu tenha conhecimento para não me prejudicar e nem ir pela cabeça dos outros e fazer algo de errado. Se o senhor tiver outro sugestão ou solução para o meu problema diga-me por favor. Mais uma vez agradeço por sua atenção! Obrigado.
Matheus procure clicando em minha foto uma mensagem de Òrúnmilá (O segundo na hierarquia divina), onde ele diz que o medo mata mais que qualquer doença.
Quem vai fazer mal a você será você mesmo. Se você ficar buscando dentro do medo o negativo, com certeza ele irá até você.
Aquele que se acha sacerdote usa este tipo de artificio para manter as pessoas aprisionadas no medo, no terrorismo e na ignorância para que as pessoas não saiam da casa. Não se prenda ao medo destas pessoas. Deus lhe deu o livre arbítrio e ele respeita isso acima de todas as coisas.
Somente não esqueça que você seguirá seu caminho de forma independente e que a energia do òrìsà que existe dentro de você irá se dissipar.
Espero que você encontre dentro de outra religião o amor universal, o amor fraterno em relação aos outros seres humanos.
Seja na católica, na protestante, no budismo e etc.
O importante é você ir ao encontro de Deus.
Em tempo: Eu não sou mentor, sou um estudante das leis divinas e faço delas um livro aberto para aqueles que querem compartilhar comigo.
Ire
Gostei muito da postagem! Tenho um twitter de umbanda/candomblé onde apenas posto pontos e frases, mas sempre que tenho tempo, vou atrás de artigos legais para tentar trazer um pouquinho de esclarecimento sobre responsabilidade com a vida espiritual, já que tão facilmente vemos tanta gente perdida por falta de um simples esclarecimento… É incrível o feedback que a página de vocês tem! Não apenas em termos de fundamento de santo, doutrina mas também a preocupação de enxergar e tentar trazer, dentro do possível, uma luz para aqueles que precisam de orientação. Queria saber se posso postar os artigos de vocês na minha página (com os devidos créditos, lógico haha). Parabéns!! Lindo o trabalho de vocês! Axé! 🙂
Da Ilha, muito Obrigado mesmo!
Pelas informações e orientações!
(Desculpa-me por qualquer coisa)
Daiane pode sim.
Respeite os créditos, pois, nem sempre os textos são nossos e ficamos em saia justa.
Ire
Boa noite, por favor, o que significa o provérbio: “cabeça dura não quebra miséria, mesmo quando o ancião se curva, ainda assim, está de pé”… Eu sei que para algumas pessoas pode parecer muito óbvio mas, por favor, gostaria de ter a opinião de vocês… Grata…
Boa noite!!! Qual o preceito no candomblé de Angola em casos de falecimento de parentes? Obrigada pela atenção!!!
Regina o provérbio lhe diz que, ser intransigente ou teimoso, não vai resolver seu problema, ouvir os mais velhos, que humildemente se curvam e mesmo assim se mantém em posição de superioridade, mostra que a sabedoria está em ouvir conselhos e segui-los.
Pode parecer óbvio para quem lê este provérbio, porém, a sua execução dificílima.
Estamos falando de humildade, sabedoria e paciência, para alguns digamos que seja um parto impossível de conceber, dai a dificuldade e a certeza que poucos conseguirem seguir estas palavras.
Ire e parabéns pela busca.
BOA NOITE GOSTARIA MUITO DE CONFIRMAR MEU ODUM como faço para entra em contato? gostei das infomacoes.
Eu leio algumas coisas que postam, mas gostaria de uma ajuda, como fazer quando não sabe a verdade, quando tudo parece distorcido, quando o que acreditava ser na verdade era ilusão, estou bem perdida, todos dizem que é orgulho meu, mas sinceramente não sei, só sei chorar, tudo que fiz e todos os anos e o que aprendi na Umbanda e acreditava ser bom e correto, hoje me dizem que não é o suficiente e que preciso fazer Oxum, faço tudo por ela, mas ando me sentindo tão mal, inútil, fracassada, o que sou afinal, me dizem que devo aproveitar enquanto visitante, por que nem abian posso ser considerada, pra quem era mãe pequena na Umbanda voltar ao nada está difícil, desculpe não tenho como falar com os que conheço por que já começam a brigar e falar que estou sendo ignorante, tudo que fiz sempre foi por amor e hoje me sinto só. Por favor alguém pode me ajudar
Emaoela você está se deixando influenciar pelo o que os outros dizem, isto é errado.
Se você é tachada de orgulhosa por todos ou a maioria, alguma razão pode estar embutida nesta observação, deve-se calmamente discutir este assunto e assumir seus erros e tentar melhorar.
A cura vem com a certeza de que você realmente tem algo a ser curado.
Quem ‘dizem’ que o que você fez não é suficiente.
Quem pode dizer que iniciação é passaporte para qualquer felicidade ou um passo maior no crescimento do ser humano?
Quem disse que Òsún é a sua libertação?
Sua libertação está dentro de você, na mudança das suas atitudes, do seu caráter.
Não há Òsún no universo que lhe obrigue a mudar, se você não o fizer, não será o òrìsà que vai mudar você.
O Bàbáláwo Fakorade diz em um de seus textos:
Só porque as pessoas ao seu redor não confiam em você, não significa que você deva parar o que está fazendo.
Quando eles acreditarem que suas intenções são para ajudar e criar um resultado positivo, isto deve dar-lhes a confiança para lhe incentivar e continuar o que você estava fazendo.
As inseguranças dos outros não devem lhe impedir o trabalho ou impedi-la de ajudar aqueles que precisam de sua ajuda.
Conecte-se com Èşù (Òrìsà) e ofereça pimenta (um prato com nove pimenta dedo de moça).
Isto é para dar-lhe força para continuar a desenvolver o trabalho e dar oportunidade para aqueles que você está ajudando.
Medite com Èşù para eliminar qualquer mal-entendido entre aqueles que o rodeiam.
Èşù vai lhe dar a confiança para continuar o que você começou, independentemente da falta de confiança daqueles que o rodeiam.
Por que você quer ser um abian?
Ser um abian não é e nunca foi demérito algum, se colocar na posição de aprendiz é uma enorme lição de humildade, em suas palavras você está se colocando acima das pessoas.
E creio que com este pensamento os ensinamentos do òrìsà (eu disse ensinamentos do òrìsà) não serão absorvidos por uma cabeça vaidosa.
Confiar em sua conexão com Ifá/òrìsà é muito importante.
Atualmente as dúvidas que você está tendo é parte de não confiar na libertação de todos os negativos de seu passado.
Não é fácil seguir em frente sem liberar os obstáculos que estiveram com você por tanto tempo.
Muitas vezes, você pode não perceber esses obstáculos, porque eles passam a fazer parte da sua rotina diária.
Quando os obstáculos negativos estão sendo lentamente liberados cria-se uma mudança que pode levá-lo a duvidar dos passos positivos que você está dando.
Se é na sua Umbanda que você se sente bem, volte, assuma seu papel, reflita suas ações e saiba que o òrìsà para estar agindo em sua vida não precisa necessariamente ter passado pelo processo iniciático junto com você.
O que você precisa é de coragem.
Ire
Obrigada por suas palavras, o que acontece foi q por motivos dr problema familiar busquei no jogo dos buzios alguma orientacao, o que meu orixa falou e que minha camarinha na umbanda nao teve fundamentos que pra ela sao essenciais para meu crescimento e pediu pra comer e ser adoxada… Ha seis anos fujo disso pois tive uma experiencia horrivel numa casa tracada de umbanda e candomble onde sai de la quase morta e criei panico um grande medo do candomble e fui pra umbanda pura onde estudei fiz camarinha e busquei ajudar ao proximo. Mas o que me causa grande magoa foi o que ela disse como posso ter feito algo e depois de tres anos descobri que nada foi feito de fato magoa saber que nao tem valor e tudo que aprendi era praticamente nada. Ela cobra algo que ja decidi que vou dar, mas nao me sinto a vontade sr. Da Ilha e sinto me muito triste ate meu ajunto foi me dado errado nao sou abian para a casa que estou indo sou visita entao se abian e o comeco nem isso sou me sinto muito pequena e eu tenho que aguentar mesmo que doa preciso fazer certo ne. De verdade estou tentando. Obrigada
Estou com uma grande dúvida que atormenta meu coração e agradeço se puder me ajudar. Ainda não sou iniciada no Candomblé, nem mesmo abiã (como passarei por uma cirurgia, pedi para começar a frequentar e fazer todas as obrigações a partir do próximo ano, para não desrespeitar à casa, meu pai e os Orixás pela minha falta), mas não tenho dúvidas de que é o que desejo para minha vida. Tenho muito receio em desrespeitar os Orixás e mesmo sem ser iniciada, faço de tudo para dar o melhor de mim.
A questão é que eu fiz um trabalho há pouco atrás, do qual eu sou muito agradecida e que tem feito muito bem à minha vida. As coisas estão melhorando muito e sinto que estou chegando à minha felicidade/plenitude, porém, em um momento de nervosismo e até injustiça (considero eu) de uma pessoa extremamente importante para mim e que – de certa forma – tem a ver com o trabalho (pois minha vida estava completamente fechada a tudo e a todos), eu criei uma discussão, um verdadeiro redemoinho. Pedi perdão e admiti meu erro. Pedi perdão também aos Orixás, pois não queria ter feito nada do que fiz e sei que errei… O senhor acha que eles podem me condenar por isso? Mesmo pedindo perdão, admitindo o erro e sabendo que não voltará a acontecer? Está escrito: “Dentro de nossa religião não temos: O arrependimento das faltas cometidas durante a vida e a garantia da salvação.”
Eu compreendo isso, mas mesmo sendo o meu primeiro erro, que sei que não voltará a acontecer, também cometi algo muito ruim? Não posso aprender com isso como sei que aprendi? Temo por mim, pelos orixás acharem que não valorizo o que foi feito, pois eu valorizo com todas as minhas forças e agradeço todos os dias. Não quero que nada se perca… No Candomblé não podemos errar e nos arrepender sinceramente? Aprender com isso e evoluir? Não somos antes humanos falhos que precisam às vezes errar para ser uma pessoa melhor?
Desculpe o texto e por favor, me responda.
Obrigada
Priscilla Olodumare não nos colocou no mundo para sermos castigados da forma que você narra.
O mais importante você fez, reconheceu seu erro, pediu desculpas e quer crescer como ser humano.
Nós não temos perdão, mas, temos o reconhecimento do sacrificio e do esforço daqueles que querem evoluir.
Se suas palavras são verdadeiras, siga em frente, pule esta etapa da dor e aprecie sua energia e sabedoria em progredir espiritualmente.
Parabéns pela sua atitude.
Ire
Muito obrigada, o senhor aquietou o meu coração.
Muito, mas muito obrigada mesmo.
Axé